Em paralelo, ocorre a Cúpula dos Povos, de 12 a 16 de novembro, no campus da Universidade Federal do Pará (UFPA).
De 10 a 21 de novembro, em Belém, será realizada a Conferência das Partes (COP30), pela primeira vez no Brasil. As partes integrantes da conferência anual das Nações Unidas sobre Mudança do Clima são compostas por 200 países. Trata-se de um espaço formal para debater, negociar e tomar decisões sobre a questão do clima no mundo.
Em paralelo, ocorre a Cúpula dos Povos, de 12 a 16 de novembro, no campus da Universidade Federal do Pará (UFPA).
A Cúpula dos Líderes Globais, também em Belém, tem início nesta quinta-feira (6) e se estenderá até sexta-feira (7). Enquanto participantes populares seguem por estradas, aviões e barcos rumo à capital do Pará para cumprir a agenda de reivindicações, manifestações de protesto e apresentação de propostas aos governos e representantes empresariais do mundo presentes na COP30. O tema da Cúpula é “Da Amazônia para o Mundo: Justiça Climática Já!”
Tanto a COP30 quanto a Cúpula dos Povos resultam em novos movimentos e fortalecimentos de outros, tendo a condição do clima como norteadora. Em meio às críticas e notícias de esvaziamento por parte de alguns setores, o fato é que o Brasil, ao sediar a COP e fazê-la numa cidade amazônica, provoca fricções e contatos entre um grande número de autoridades, auxiliares diretos e militantes de diferentes lugares do mundo com a Amazônia mais real.
O pós-COP30 e o pós-Cúpula dos Povos são tarefas que exigem acompanhamento tanto para ver o tamanho da vontade política dos líderes em cumprir com o que se comprometeram, quanto para gerar informações responsáveis e transparentes que possam subsidiar as sociedades, as comunidades e as organizações.
O clima no mundo não diz respeito somente aos governos, a grupos de cientistas e ao setor produtivo. Importa a todo ser vivo, humano e não humano, que clama, a cada grau de aquecimento, por iniciativas que possam impedi-lo e mudar a maneira como o desenvolvimento é concebido e realizado, pela destruição dos recursos naturais em larga escala.
Produção, consumo e lucro em excesso, sob o estrangulamento de matérias-primas, são as bases do modelo vigente. Uma outra conduta pode ser adotada, fazendo a transição em direção a um novo modo de indústria, comércio e vida.
A COP30 e a Cúpula dos Povos criam um tempo na agenda global para o encontro, o debate e as decisões.
(Foto: Ricardo Stuckert/PR)
Fonte: acritica.com