Boi Caprichoso surpreende com ‘holograma' ao encerrar sua participação no Festival de Parintins
Publicado em 30/06/2025 09:54
Arte & Cultura

A alegoria trouxe realismo e magia à apresentação, enquanto o Pajé curava um enfermo

 

O Boi-Bumbá Caprichoso surpreendeu ao trazer olhos em meio à floresta do ritual indígena Yawanawá. A alegoria de Algles Ferreira projetou com ventiladores de led automatizados olhos com movimentos reais e como se surgissem ‘do nada’. Durante o ritual indígena, a cênica trouxe um enfermo a ser curado. Em meio a dor, o ritual é feito para que a cura seja completa, dando ao momento a ancestralidade e espiritualidade. 

 

Outra grande inovação que o Caprichoso trouxe foi entregar luzes brilhantes à arquibancada especial do boi, que pulou, brilhou e vibrou, mesmo sem contar pontos avaliativos ao bumbá, que é avaliado pela arquibancada do item 19. 

 

O Caprichoso entrou na temática de retomada e buscou toadas marcantes de anos anteriores para celebrar a si. 'Utopia Cabocla', 'Waiá-Toré', 'Sinhazinha da Fazenda' e a 'Cor do meu país' embalaram a galera azulada, que fez o bumbodromo estremecer. O subtema da noite foi 'Kaá-eté, Retomada pela Vida'. 

 

Outro destaque foi Kãkãnemas, com a presença de seres míticos. A cunhã poranga Marciele Albuquerque surgiu trazendo representantividade indígena e com indumentária pena escamadas. O item 15, figura típica regional, chegou com representatividade dos povos originários e citando Chico Mendes, seringalista que defendia os direitos dos povos da floresta e Amazônia de pé, tendo como trilha a toada 'Trilha de Xapuri'. A item foi erguida ao topo do Bumbódromo e no alto revelou a porta estandarte Marcela Marialva, que representa o pavilhão com seu estandarte com a foto do seringalista chico mendes e na luta pela Amazônia se pé. 

 

Em seguida, o amo Caetano Medeiros desafiou o boi contrário levando um banco azul escrito 'tri'. Ele versou que esse ano o boi será tetra. “É um penta invertido, cinco anos sem vencer”, disse ele sobre o Garantido. 

 

A rainha do folclore, Cleise Simas, também surgiu de dentro de uma alegoria e evoluiu ao som de 'Palmares, uma invasão Caprichoso'. Em seguida, o boi-bumbá trouxe a toada de 2019, Waiá-Toré, que empolgou a galera e fez o bumbodromo tremer. Durante a apresentação o levantador, Patrick Araújo, também chamou a galera para cantar 'A cor do meu país'.

 

Em seguida, o tuxauas entraram ao som de 'Dança dos Tuxaus'. As alerorias com floresta, animais e encantos amazônicos. O boi-bumbá Caprichoso encerrou sua participação brincando com a galera e cantando hits como “Pode avisar” e 'Sentimento Porreta'.

 

Patrick Araújo, levantador de toadas do Boi Caprichoso

 

Caetano Medeiros e o Boi Caprichoso, durante a apresentação

 

Marcela Marialva, porta-estandarte do Boi Caprichoso levou homenagem à Chico Mendes

 

Ritual Indígena encerrou a apresentação do Boi Caprichoso (Foto: Daniel Brandão)

Por: Emile de Souza

 

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