Com temática focada em saúde planetária e sustentabilidade, o evento será realizado a partir do dia 4, com a expectativa de receber participantes de todo o Brasil e América Latina
O que a saúde do planeta tem a ver com a saúde das pessoas? A urgência em preservar as mudanças climáticas está cada vez mais presente nas discussões médicas pelos sintomas físicos e mentais provocados pelas queimadas, enchentes e inundações, mudanças repentinas de temperatura, entre outros fenômenos, que afetam diretamente a qualidade de vida da população.
Com a temática “Na Toada da Equidade: Integrando Ciência, Ancestralidade e Sustentabilidade no Cuidado à Saúde”, o Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade, em sua 18ª edição, abordará questões sobre saúde planetária com foco em evidências científicas nacionais e internacionais na grade do evento. Pela primeira vez em Manaus, o evento será entre os dias 4 (pré-congresso) e 8 de junho de 2025, com organização da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) e da Associação de Medicina de Família e Comunidade do Amazonas. As inscrições e programação estão disponíveis no site: www.sbmfc.org.br/18cbmfc.
“No dia a dia, seja nas unidades básicas de saúde, serviços de emergências e consultas de rotina, estamos lidando com impactos severos na saúde de pessoas de todas as idades que estão sofrendo sintomas físicos, mas também psicológicos, em casos de grandes desastres como a tragédia do Rio Grande de Sul e as queimadas em todas as regiões. Por isso, que a saúde planetária é a pauta central do nosso congresso e em uma região considerada o pulmão do mundo, onde também daremos o alerta: preservar o planeta é também preservar a nossa saúde”, comenta Fabiano Guimarães, médico de família e comunidade, presidente da SBMFC.
O evento tem a expectativa de reunir profissionais da Atenção Primária à Saúde de todos os estados, além da América Latina, para debater temáticas relacionadas à prática da especialidade no dia a dia, além de assuntos para atualização clínica e científica como os efeitos das mudanças climáticas na saúde das pessoas.
“Receber a 18ª edição do congresso nacional da nossa especialidade em um momento tão desafiador nos indica a real necessidade de discussão sobre como devemos preservar o planeta para que a nossa saúde e a dos nossos pacientes também seja preservada. Como a Medicina de Família e Comunidade está na linha de frente do atendimento no SUS e também no sistema suplementar, estar atualizado é fundamental para promover o melhor cuidado centrado ao paciente. Ainda, focar nas iniquidades e vulnerabilidades sociais que afetam a qualidade de vida daquela pessoa, entendendo as especificidades do local onde mora, proporciona entendimento sobre determinados problemas de saúde, aliando tratamento e prevenção, de forma individualizada”, explica Anike Ramos Rodrigues, médica de família e comunidade, presidente do 18º CBMFC e da Associação de Medicina de Família e Comunidade do Amazonas.
A programação disponível no site do evento conta com grade científica e atividades culturais preparadas a partir de sugestões dos congressistas que indicam qual temática e palestrante querem usufruir durante o evento, além das propostas pela comissão científica que contempla aulas teóricas e práticas. Temáticas como as especificidades de atendimento médico das populações indígenas, ribeirinhas, negra, LGBTQIA+, saúde da mulher e do homem, manejo de doenças crônicas, entre elas diabetes, além de abordagem de cuidados paliativos, atendimento domiciliar, saúde mental, saúde prisional, entre outros, fazem parte das atividades divididas entre mesas-redondas, oficinas, mini-cursos e rodas de conversas.
A Medicina de Família e Comunidade é uma especialidade médica, assim como a cardiologia, neurologia e ginecologia. O médico/a de família e comunidade (MFC) é o especialista em cuidar das pessoas, da família e da comunidade no contexto da atenção primária à saúde. Ele acompanha as pessoas ao longo da vida, independentemente do gênero, idade ou possível doença, integrando ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde. O médico/a de família e comunidade é um clínico e comunicador habilidoso, pois utiliza abordagem centrada na pessoa e é capaz de resolver pelo menos 90% dos problemas de saúde, manejar sintomas inespecíficos e realizar ações preventivas. É um coordenador do cuidado, trabalha em equipe e em rede, advoga em prol da saúde dos seus pacientes e da comunidade.
Serviço:
18° Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade
Data: entre 4 (pré-congresso) e 8 de junho de 2025
Local: Centro de Convenções Vasco Vasques – Manaus/AM
Organização: Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade e Associação de Medicina de Família e Comunidade do Amazonas
Site oficial e inscrições: www.sbmfc.org.br/18cbmfc
(Foto: Agência Brasil)
Fonte: acritica.com