Parintins volta a pulsar no fim de junho com o seu espetáculo mais emblemático: a disputa entre Caprichoso e Garantido no tradicional Festival de Parintins que transforma a cidade do interior do Amazonas em palco de um rito coletivo. A edição de 2025 está marcada para os dias 27, 28 e 29, coincidindo com o último fim de semana do mês, como manda a tradição. A arena do Bumbódromo, que divide a cidade em vermelho e azul, recebe os bois em apresentações noturnas carregadas de emoção, enredos temáticos e manifestações de fé, cultura e pertencimento. O Caprichoso escolheu o tema “É Tempo de Retomada”, com foco em espiritualidade, reconexão com o planeta e resgate de práticas ancestrais. O Garantido optou por reafirmar sua identidade popular com o lema “Boi do Povo, Boi do Povão”, que valoriza as raízes amazônicas e os povos marginalizados.
O evento, um dos maiores do gênero na América Latina, mobiliza não apenas a cidade, mas toda a região, exigindo logística apurada e planejamento por parte dos visitantes. A cidade insular de Parintins, situada no meio do Rio Amazonas, não é acessível por rodovia direta, o que significa que o deslocamento por barco ou avião é praticamente obrigatório para quem sai de outras partes do país. No entanto, há quem opte por viajar de carro até cidades próximas como Manaus ou Itacoatiara, utilizando balsas ou ferries para fazer a travessia final. Essa modalidade exige cuidado redobrado: é necessário checar previamente horários de saída, disponibilidade de embarque para veículos e condições das estradas amazônicas, que, embora asfaltadas em parte do trecho, podem apresentar trechos críticos, especialmente em caso de chuvas.
Dentro da cidade, o cenário se altera completamente na semana do festival. O tráfego nas ruas principais e no entorno do Bumbódromo se intensifica com a chegada de caravanas, mototaxistas, tricicleiros, grupos folclóricos e até mesmo quem chegou de viagem de carro para aproveitar os eventos. A movimentação é ainda maior nas imediações dos currais de Caprichoso e Garantido, onde acontecem ensaios, concentrações e rituais. A sobreposição entre trânsito local e a circulação dos cortejos exige uma atuação coordenada das equipes de trânsito, que passam a atuar em pontos estratégicos com foco na segurança viária e fluidez das vias mais críticas. Ações educativas são reforçadas com blitzes, distribuição de panfletos e campanhas visuais que alertam para o uso correto de capacetes, respeito à sinalização e atenção a pedestres em áreas de alta concentração.
"Durante o Festival de Parintins, o ideal é que todos — moradores e visitantes — redobrem a atenção. Evitar horários de pico, respeitar sinalizações e usar transporte autorizado ajudam a manter a segurança. Quem chega de fora deve lembrar que o ritmo da cidade muda, e o trânsito vira parte da festa. Prudência e paciência são essenciais para que todos aproveitem sem riscos." – Alan Corrêa, especialisa do Carro.Blog.Br
Com a cidade operando acima de sua capacidade usual, algumas dicas são fundamentais para quem pretende enfrentar o trânsito sem grandes contratempos. A primeira delas é evitar deslocamentos de última hora, especialmente nos horários de início das apresentações e nos trajetos entre o centro e os currais. Outra orientação é utilizar, sempre que possível, transporte compartilhado ou mototáxi autorizado, pois muitos trechos são estreitos e de circulação limitada para veículos de maior porte. É importante também identificar os pontos de interdição previamente divulgados e ficar atento à sinalização temporária implantada especificamente para o festival. Para os que estiverem de carro, recomenda-se estacionar em áreas autorizadas afastadas da zona central e concluir o trajeto a pé ou com transporte alternativo.
Já para quem planeja sair de outros estados e viajar até o Amazonas de carro, o ideal é programar a viagem com no mínimo dez dias de antecedência. O trecho até Manaus pode incluir travessias de rios por balsas e estradas com trechos não pavimentados, especialmente se a rota envolver regiões menos estruturadas do Norte do país. A melhor alternativa é seguir pela BR-319 ou pela AM-010 até a capital amazonense e, de lá, embarcar em um ferry-boat com destino a Parintins. As balsas costumam operar com grande demanda nesse período, sendo essencial garantir a reserva com antecedência. Também é fundamental revisar o veículo antes da viagem, incluindo itens como freios, pneus, iluminação e sistemas de arrefecimento, devido ao clima quente e úmido predominante na região.
Durante o festival, Parintins se torna um organismo coletivo pulsante, em que o trânsito se mistura à coreografia da festa. Mototaxistas e tricicleiros, personagens fundamentais da mobilidade local, operam sob pressão, conduzindo moradores e turistas pelas ruas repletas de bandeiras, vendedores ambulantes e cordões de isolamento. O deslocamento entre os currais e o Bumbódromo assume ares de ritual, exigindo paciência e respeito às normas de circulação. A convivência entre os modos formais e informais de transporte é gerida por fiscalizações pontuais e uma intensa campanha de conscientização, que também alcança escolas e comércios locais. A ideia é reforçar que a beleza do festival não pode se sobrepor à segurança no espaço urbano.

A presença de crianças, idosos e pessoas com mobilidade reduzida nos eventos do festival também requer atenção especial. As orientações das autoridades locais incluem evitar empurrões, não utilizar capacetes danificados e manter atenção redobrada em cruzamentos e faixas de pedestres, que costumam ficar encobertos pela movimentação das massas. As equipes de trânsito recomendam ainda o uso de roupas leves e hidratação constante, visto que as temperaturas podem ultrapassar os 30 graus à noite. Nas áreas de maior aglomeração, como os entornos do Bumbódromo, a circulação tende a ser mais lenta e intensa, e por isso o planejamento de horários e rotas deve ser parte da estratégia de quem pretende viver o festival com segurança.